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Britânicos desconhecem papel do próprio país no tráfico de escravizados, diz pesquisa u1233

Estudo revela que 89% da população não sabia que comerciantes britânicos escravizaram pessoas no Caribe por mais de 300 anos 57613h

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 mar 2025, 18h49

A maior parte da população britânica desconhece a dimensão do papel do Reino Unido na escravidão e no colonialismo, revelou uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, 25. A maioria dos britânicos não sabe quantas pessoas foram escravizadas, por quanto tempo o comércio transatlântico persistiu e nem mesmo que, até o século XXI, os contribuintes ainda pagavam a conta de um empréstimo governamental destinado a compensar os antigos escravizadores.

Divulgado no Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Escravizados, o estudo foi encomendado pela Campanha de Reparação, que atua em parceria com a Comunidade Caribenha (Caricom) para promover justiça reparatória. A pesquisa entrevistou mais de 2.000 britânicos, e a maioria não conseguiu responder corretamente a uma série de perguntas baseadas em conhecimento histórico.

+ Por que cidade inglesa tinha estátua de um traficante de escravos

O estudo revelou que 85% dos britânicos desconhecem que mais de três milhões de africanos foram forçadamente levados ao Caribe por traficantes britânicos. Outros 89% não sabem que a escravidão britânica no Caribe durou mais de 300 anos, e 75% ignoram que os pagamentos aos escravizadores, emprestado pelo governo do Reino Unido em 1833, pela “perda de propriedade” só foram quitados depois dos anos 2000.

Apesar da falta de conhecimento histórico, a pesquisa também descobriu que o apoio a reparações está crescendo. O levantamento mostrou que 63% dos entrevistados agora defendem um pedido formal de desculpas do governo britânico aos descendentes de escravizados, um aumento de 4% em relação à pesquisa anterior, no ano ado. A adesão à ideia de indenização financeira também cresceu, com 40% favoráveis a rees voltados a iniciativas estruturais de longo prazo, como educação, saúde e desenvolvimento.

Comentando sobre as descobertas, o fundador da Campanha de Reparação, Denis O’Brien, disse: “É animador ver que o apoio público tanto para um pedido formal de desculpas quanto para reparações financeiras cresceu no ano ado. Mas o que esses resultados também mostram é o quão pouco as pessoas no Reino Unido realmente sabem sobre o ado do país”. 

Embora o governo britânico tenha se recusado a oferecer indenizações em dinheiro, autoridades afirmam estar colaborando com parceiros caribenhos em temas como segurança, crescimento econômico e mudanças climáticas.

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