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Brasil

‘Bolsonaro estava pronto para entregar comando a Lula’, diz Mourão 211a52

Ex-vice-presidente, o senador também disse que não conversou sobre temas golpistas com Walter Braga Netto ou com o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio 1g4v69

Por Marcelo Ribeiro Atualizado em 23 Maio 2025, 16h17 - Publicado em 23 Maio 2025, 14h28

O vice Hamilton Mourão e o presidente Jair Bolsonaro: falas do general em repúdio a ações russas na Ucrânia desagradaram o presidente, que quer manter boas relações com Putin — NO PLANALTO - O vice Hamilton Mourão e o presidente Jair Bolsonaro: relações estremecidas por desconfianças (Valter Campanato/Agência Brasil)

Ex-vice-presidente na gestão de Jair Bolsonaro, o senador Hamilton Mourão disse, nesta sexta, em depoimento ao STF, que nunca tratou de questões golpistas com o ex-companheiro de governo e que ele adotou medidas para ar o governo ao presidente eleito em 2022.

Mourão é uma das testemunhas a depor no Supremo dentro da ação que mira o plano de golpe de Estado. “No dia seguinte a nossa derrota, estive com Bolsonaro e falei que entraria em contato com Geraldo Alckmin para ter contato com o governo eleito. Bolsonaro chamou então Ciro Nogueira para conduzir a transição, o que mostra que presidente Bolsonaro estava pronto para entregar o comando da presidência ao sucessor”, disse Mourão.

“Os encontros com Alckmin sempre foram harmônicos e tranquilos”, seguiu o senador.

Questionado sobre algum pedido para que dificultasse a transição de governo, Mourão disse que não houve movimento nesse sentido no governo ado. “Em nenhum momento [me pediram para criar dificuldades para a nova gestão]”.

O senador também disse que nunca conversou sobre questões golpistas com o ex-candidato a vice Walter Braga Netto ou com o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.

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“Em nenhum momento, das poucas conversas que tive com Braga Netto e Paulo Sérgio, tratamos de assunto do dia a dia da caserna. Em nenhum momento, nenhum desses dois tocaram em qualquer medida de exceção comigo”, disse Mourão.

Mourão foi chamado a depor como testemunha de Augusto Heleno, ex-ministro do GSI, de Bolsonaro, de Paulo Sérgio e Braga Netto.