Interpol lista ‘Viúva Negra’ e mais cinco brasileiras além de Zambelli 2z124l
Relação de procurados mundialmente pela prática de crimes tem mais de setenta brasileiros 25f1f

Ao menos sete brasileiras estão na lista de procuradas pela Interpol, organização intergovernamental que tem como função facilitar a cooperação entre as policiais de todo mundo na captura de foragidos. Nesta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu — e foi atendido — a inclusão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista de “alerta vermelho” para que ela possa ser encontrada por autoridades de outros países. Ela teve a prisão preventiva decretada depois de revelar ter saído do Brasil após ser condenada a dez anos de prisão pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
De acordo com informações da Interpol, outros nomes podem estar incluídos na lista de procurados, mas sem divulgação pública. “O alerta vermelho é uma solicitação para as forças de ordem de todo mundo para localizar e prender provisoriamente uma pessoa para extradição ou ação judicial similar. Não é uma ordem de prisão internacional. As pessoas são procuradas por solicitação de um país membro ou por um tribunal internacional (…). A maioria das notificações vermelhas só podem ser consultadas pelos organismos encarregados da aplicação da lei”, diz a Interpol.
Entre os nomes divulgados — para auxílio nas buscas — estão 71 pessoas do Brasil (65 homens e seis mulheres). Zambelli é a sétima a entrar no radar da polícia internacional. Os dados da deputada não estão públicos. As outras mulheres procuradas cometeram diversos crimes, como fraude, furto e até homicídio. A mais antiga na lista é Heloisa Gonçalves, conhecida como “Viúva Negra”, procurada desde anos 1990 por tortura e assassinato, segundo dados da Interpol. Ela é suspeita ainda de ter participado de outros três homicídios contra ex-maridos. As ações imputadas a Heloísa ocorreram, segundo autoridades, entre as décadas de 1970 e 1990.

Outra procurada por crime bárbaro é Silvana Seidler. A gaúcha de 58 anos matou a própria filha, com então 7 anos de idade, de acordo com dados da Interpol e da Polícia Civil de Santa Catarina. Outro crime cometido por Silvana é ocultação de cadáver do corpo da criança. Natural de Campo Mourão, Paraná, Rosirene Vieira está na lista de alerta máximo por tráfico internacional de drogas. Ela tem 49 anos.
Apontada como envolvida com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e participado do assassinato de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos, de 52 anos, é procurada e está na lista mais famosa do crime desde 2018. Ainda há espaço para ilícitos menores. Marcia Liziane Costa Vieira, por exemplo, é procurada por furto, enquanto Thaynara Caroline Santos Pereira é acusada de fraude em cartão de crédito de terceiros.