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Brasil tem uma área de floresta igual ao estado da Bahia com risco aumentado de devastação 2c6sb

Estudo publicado no Dia Mundial do Meio Ambiente chama atenção para a necessidade da destinação de uso às florestas públicas do país 165qd

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jun 2025, 20h26 - Publicado em 5 jun 2025, 20h25

Já ouviu falar em florestas não destinadas? São áreas públicas, de domínio do estado e do governo federal, mas sem definição de uso, por isso ficam mais vulneráveis à grilagem e, consequentemente, ao desmatamento ilegal. São áreas que se destacam pela imensa biodiversidade e, em geral, são ocupadas por povos originários. Na Amazônia, elas formam um território de 50,2 milhões de hectares, que equivale ao estado da Bahia. São capazes de estocar cerca de 5,2 bilhões de toneladas de carbono, volume equivalente a mais da metade de toda a emissão do planeta, estimada para 2024. A novidade é que um quinto da área está sob alto risco de grilagem, aponta estudo lançado nesta quinta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, pelo Observatório das Florestas Públicas. A iniciativa reúne especialistas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e do Movimento Amazônia de Pé. De acordo com os dados divulgados, de janeiro a abril de 2025, 80% de todo o desmatamento no bioma ocorreram nesses territórios.

Vale ressaltar que este ano, houve um grande salto nas estatísticas, em abril, quando o desmatamento aumentou 192%, em relação a março, e 229% a mais do que no mesmo mês de 2024. Isso sem contar a devastação ocasionada pelas queimadas, que atingiram  37.719 hectares,  a maior parte concentrada nos estados do Amazonas, Pará e de Roraima.

Atualmente, 32,7 milhões de hectares de registros no Cadastro Ambiental Rural (CAR) estão sobrepostos a florestas públicas não destinadas. Desse total, de 10,2 milhões de hectares foram cadastradas como integrantes de propriedades privadas com mais de 15 módulos fiscais, equivalentes a cerca de 1,5 mil hectares. “Desmatar grandes áreas custa caro, ou seja, esse tipo de desmate pode estar ligado a grupos capitalizados ‘de olho’ em uma área e que, futuramente ou com brechas na legislação, tomam posse”, esclarece a coordenadora do Observatório das Florestas Públicas e pesquisadora do Ipam, Rebecca Lima.

Para os pesquisadores além do cancelamento dos registros do CAR sobrepostos, é estratégico e urgente acelerar o processo de destinação para enfrentar os crimes ambientais e conter as mudanças climáticas.“A proteção dessas áreas antes da COP30 é a oportunidade que o Brasil tem de chegar ao encontro apresentando esse bom exemplo ao mundo”, reforça a diretora do  movimento Amazônia em Pé, Daniela Orofino.

(Com Agência Brasil)

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